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A CANÇÃO DO DELIRANTE AENGUS

A CANÇÃO DO DELIRANTE AENGUS (1899)
Eu fui para uma floresta de nogueiras,
Porque minha mente estava inquieta,
Eu colhi e limpei algumas nozes,E apanhei uma cereja, curvando o seu fino ramo;
E, quando as claras mariposas estavam voando,Parecendo pequenas estrelas, flutuando erráticas,
Eu lancei framboesas, como gotas, em um riachoE capturei uma pequena truta prateada.
Quando eu a coloquei no chão,
E fui soprar para reativar as chamas,
Alguma coisa moveu-se e eu pude ouvir,
E, alguém me chamou pelo meu nome apareceu-me uma jovem, brilhando suavemente com flores de maçãs nos cabelos,
Ela me chamou pelo meu nome e correu e desapareceu no ar, como um brilho mais forte;
Talvez eu esteja cansado de vagar em meus caminhos Por tantas terras cheias de cavernas e colinas,
Eu vou encontrar o lugar para onde ela se foi,
E beijar seus lábios e segurar suas mãos;
Caminharemos entre coloridas folhagens,
E ficaremos juntos até o tempo do fim do tempo, colhendo as prateadas maçãs da lua,
As douradas maçãs do sol.

Willian Butler Yeats

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